Cargas, sobrecargas, excessos. Prazos, cobranças, obrigações. Imprevistos, incertezas, urgências. Alarmes, buzinas, notificações….
O que mais te estressa no dia a dia?
Provavelmente você dirá que é uma combinação de alguns fatores, afinal as pressões financeiras, as demandas profissionais, as mudanças rápidas e constantes, a exposição excessiva a estímulos tecnológicos e a falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal são circunstâncias estressantes comuns no ritmo acelerado da vida contemporânea.
O problema é que não temos o poder de mudar todas as situações que nos afetam de forma negativa, então nos cabe buscar soluções que ajudem a nos blindar de tantos estímulos inquietantes e nocivos para a saúde.
E é preciso fazer isso o mais rápido possível. Para se ter uma ideia da gravidade da questão, uma pesquisa realizada em 2019 pelo International Stress Management Association (ISMA-BR), em parceria com a empresa de pesquisa Ipsos, indicou que 7 em cada 10 brasileiros sofrem de estresse.
E já que abril é considerado o Mês da Conscientização sobre o Estresse, preparamos o presente artigo especial para apresentar uma solução natural e definitiva a esse mal, considerado um dos mais nocivos na sociedade moderna.
Mas, antes, vamos entender o que nos leva ao estresse crônico e quais as consequências que ele causa à nossa saúde física e mental.
O que é estresse
O estresse é uma resposta natural de defesa do organismo a uma situação que é percebida como ameaça ou perigo. Essa resposta natural consiste em uma série de alterações físicas e químicas, que preparam o corpo para uma reação de luta ou de fuga. São elas:
Ativação do sistema nervoso simpático: essa ativação leva a um aumento na liberação de adrenalina e noradrenalina, hormônios que preparam o corpo para a ação imediata, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e a respiração para fornecer mais oxigênio e nutrientes aos músculos.
Liberação de cortisol: o cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais que ajuda a aumentar os níveis de glicose no sangue a fim de fornecer energia rápida aos músculos, suprimindo temporariamente o sistema imunológico e aumentando a disponibilidade de nutrientes para o cérebro.
Contração dos músculos: a resposta ao estresse pode levar à contração dos músculos, preparando o corpo para a ação física, como lutar ou fugir.
Dilatação das pupilas: as pupilas podem se dilatar em resposta ao estresse para melhorar a visão e a percepção do ambiente.
Supressão do sistema imunológico: a resposta ao estresse pode temporariamente suprimir o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e doenças.
Causas do estresse
Podemos classificar as causas do estresse em 5 categorias, relacionadas a seguir:
- Estressores externos: eventos, situações ou condições no ambiente, como problemas financeiros, eventos traumáticos, mudanças de vida significativas (mudança de emprego, divórcio, mudança de casa ou perda de entes queridos).
- Estressores internos: pensamentos, emoções, crenças e expectativas que afetam o equilíbrio emocional. Por exemplo, a autocrítica excessiva, a preocupação crônica, o perfeccionismo, a baixa autoestima e a falta de habilidades de gerenciamento do tempo podem ser fontes internas de estresse.
- Estressores ambientais: poluição, exposição a ruídos excessivos, condições de trabalho inadequadas, superlotação, falta de privacidade ou falta de segurança em determinados ambientes podem ser fatores de risco para o estresse crônico.
- Estressores sociais: relacionamentos interpessoais desafiadores podem ser uma fonte significativa de estresse, como conflitos familiares, problemas nos relacionamentos afetivos pressões sociais, discriminação, bullying, isolamento social etc.
- Estressores de vida cotidiana: aborrecimentos e contratempos, como congestionamentos de trânsito, atrasos, pressões do tempo, sobrecarga de tarefas domésticas, falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, insegurança no emprego, ambiente de trabalho tóxico etc.
Consequências do estresse
Existem diferentes tipos de estresse: o estresse agudo, que é uma resposta imediata a uma situação estressante, e o estresse crônico, que é uma exposição prolongada ao estresse.
As reações biológicas citadas acima são respostas normais do corpo e podem ser úteis em situações de emergência de curto prazo. No entanto, quando essas alterações são constantes, acabam levando ao estresse crônico, que gera impactos negativos na saúde a longo prazo.
O estresse crônico tem sido associado a uma série de problemas, incluindo doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, distúrbios do sono, depressão, ansiedade, síndrome de burnout, problemas gastrointestinais, comprometimento do sistema imunológico e outros problemas de saúde mental e física.
Para se ter uma ideia, o INTERHEART Study, estudo epidemiológico realizado em 52 países com mais de 15 mil pessoas, mostrou que o estresse psicossocial é um fator de risco para infartos quase que de forma similar ao tabagismo, à hipertensão e à diabetes.
Assim como as causas, os sintomas do estresse variam de pessoa para pessoa e podem se apresentar de forma isolada ou conjunta. Relacionamos a seguir os mais comuns.
Irritabilidade: um indivíduo estressado pode se tornar mais irritável, impaciente ou ter uma menor tolerância a situações cotidianas que normalmente não incomodariam.
Alterações de sono: normalmente, o estresse afeta a qualidade do sono. Isso pode incluir insônia, dificuldade em adormecer, acordar frequentemente durante a noite ou ter sonhos perturbadores.
Mudanças no apetite: algumas pessoas podem perder o apetite e perder peso, enquanto outras podem recorrer à alimentação emocional e comer em excesso, especialmente alimentos ricos em açúcar, gordura ou carboidratos.
Dificuldade de concentração: um indivíduo estressado pode ter dificuldade em se concentrar nas tarefas cotidianas, se sentir distraído ou ter problemas de memória.
Mudanças de humor: o estresse pode causar mudanças de humor, como ansiedade, tristeza, raiva, frustração ou humor instável. A pessoa pode se sentir mais emotiva, com alterações repentinas de humor sem aparente motivo.
Isolamento social: algumas pessoas sob estresse podem se afastar do convívio social e preferir ficar isoladas. Elas podem evitar atividades sociais, se retirar de interações sociais ou ter uma diminuição do interesse em se conectar com outras pessoas.
Comportamentos de enfrentamento negativos: em alguns casos, o estresse pode levar a comportamentos nocivos, como uso excessivo de álcool, tabaco, substâncias ilícitas ou comportamentos compulsivos.
Tensão muscular: o estresse crônico pode levar a tensão muscular, resultando em dores de cabeça, dores no pescoço, ombros e costas, bem como rigidez muscular.
Problemas gastrointestinais: dores abdominais, diarreia, constipação e indigestão também são sintomas observados em quadros de estresse crônico.
Hipertensão e problemas cardíacos: o estresse pode causar uma resposta do sistema nervoso simpático, resultando em aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, o que pode ter efeitos negativos na saúde cardiovascular a longo prazo.
Sintomas respiratórios: respiração rápida, respiração superficial ou sensação de falta de ar também são sinais comuns em quadros de estresse.
Problemas de pele: o estresse pode agravar condições de pele existentes, como acne, eczema e psoríase, ou até mesmo causar erupções cutâneas e coceiras.
Supressão do sistema imunológico: o estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e doenças.
Fadiga: o estresse pode causar fadiga persistente, levando à baixa energia, à exaustão e à diminuição do desempenho físico.
Como combater o estresse de forma natural
Existem algumas formas naturais de prevenir e aliviar o estresse, e todas elas são válidas na construção de um estilo de vida mais saudável para o corpo e para a mente. Entre elas, estão: prática regular de exercícios físicos, sono adequado, alimentação equilibrada, contato com a natureza e suporte social e psicológico.
Porém, existe uma prática que ganhou destaque especial na comunidade científica, porque é uma forma totalmente natural de regular as alterações metabólicas causadas pelo estresse, entre outros benefícios: a Meditação Transcendental.
A Meditação Transcendental no combate ao estresse
A Meditação Transcendental (MT) é um recurso de alta eficiência no controle do estresse e na elevação da qualidade de vida, mesmo diante de todas as adversidades da vida moderna.
Por ser uma abordagem que ajuda a reduzir os efeitos negativos do estresse no corpo e na mente, a técnica ganhou atenção e respeito da comunidade médica nas últimas décadas.
Entre outros benefícios fisiológicos identificados, vários estudos científicos mostraram que a prática regular da MT pode ajudar a reduzir a produção de cortisol, que é conhecido como o hormônio do estresse.
Além disso, a prática ajuda a diminuir a atividade do sistema nervoso simpático, que é responsável pela resposta ao estresse, e aumentar a atividade do sistema nervoso parassimpático, associado ao relaxamento e à regeneração.
Durante a prática da MT, a mente entra em um estado de repouso profundo, enquanto o corpo permanece em um estado de alerta tranquilo. Esse estado de repouso em alerta é diferente do sono ou do estado de vigília comum e é acompanhado por mudanças fisiológicas específicas que ajudam na promoção da saúde mental e física.
A MT também altera a atividade do córtex pré-frontal, uma região do cérebro relacionada a funções cognitivas superiores, como a tomada de decisões, o controle emocional, a atenção e a autorregulação.
Aprenda a Meditação Transcendental
A Meditação Transcendental (MT) é conhecida por sua abordagem simples e direta, o que a torna uma técnica fácil de aprender e praticar, mesmo para pessoas que nunca praticaram meditação antes ou que sofrem de ansiedade.
Não são necessárias posturas complicadas, técnicas de respiração complexas ou tentativas de controlar a mente. É uma técnica natural, o que pode ser mais fácil para algumas pessoas em comparação com outras formas de meditação.
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